“ENTRE LEÃO E UNICÓRNIO”, DE MARINA COLASANTI: A LIBERDADE A GALOPE
Resumo
Este trabalho objetiva analisar o conto de fadas “Entre leão e unicórnio”, de Marina Colasanti, presente em Doze reis e a moça no labirinto do vento, publicado inicialmente em 1982, a fim de estudar as relações de poder estabelecidas no casamento através da imagem simbólica do unicórnio e, assim, apreender os sentidos que esse símbolo conota na narrativa durante o processo de insubmissão feminina. A análise será subsidiada pela teoria feminista de gênero, segundo autoras como Adriana Piscitelli (2009), Heleieth Saffioti (2004), Guacira Lopes Louro (2003) e pelas concepções de poder, conforme Michel Foucault (2001). De acordo com as feministas, a cultura constrói valores e modelos de comportamento que são impostos aos indivíduos. Nessa perspectiva, a desigualdade entre mulheres e homens não seria uma condição biológica, mas sim uma construção cultural nas sociedades patriarcais. Dessa maneira, Marina Colasanti apresenta uma escrita comprometida com os ideais feministas, através da elaboração de um discurso de resistência à fala misógina, ao desconstruir os paradigmas sociais impostos às mulheres, que as inferiorizam em relação aos homens.
Publicado
Edição
Seção
A Revista Multitexto se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Multitexto, ficando a sua reimpressão total ou parcial, sujeito à autorização expressa de sua direção. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.