TRAJETÓRIAS LÍQUIDAS: O COTIDIANO ACADÊMICO E O PENSAMENTO BAUMANIANO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Palavras-chave:
Modernidade Líquida., Estudantes., Comportamento., Subjetividade., Universidade.Resumo
Bauman introduziu o conceito de modernidade líquida para refletir a sociedade contemporânea e o estado de dissolução de suas convicções sobre a produção do cotidiano, da subjetividade e a salvaguarda do que se compreende por moderno. Esse prospecto, na acepção do autor, rebate-se sobre várias instâncias da vida, entre elas, o contexto universitário norte-mineiro, objeto deste estudo. Sendo assim, reflete-se aqui a produção do cotidiano e da subjetividade universitária contemporânea, a partir do pensamento baumaniano. Metodologicamente, examinou-se a narrativa interpessoal de estudantes universitários de um centro universitário sob a técnica de grupos focais on-line síncronos. O contexto universitário e sua liquidez revela que o espaço educacional tornou-se uma inflexão temporal na qual os estudantes projetam perspectivas de futuro no lócus do presente, a partir de ensejos imediatistas e consumíveis de sua condição, utopias pessoais e estetização da vida.
Referências
ABREU, N. R.; BALDANZA, R. F.; GONDIN, S. M. G. Os grupos focais on-line: das reflexões conceituais à aplicação em ambiente virtual. Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação, v. 6, n. 1, p. 05-24, 2009.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2007.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BAUMAN, Z. Vida Líquida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação de pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BAUMAN, Z. Tempos Líquidos. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
BAUMAN, Z. A arte da vida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
BARROSO, A. F. . Consumo e violência: Resposta à inexistência do outro na Modernidade Líquida. Revista do Núcleo Sephora de Pesquisa sobre o Moderno e o Contemporâneo, Rio de Janeiro, v.9, p. 12-19, 2010.
BORDINI, G. S.; Sperb, T. M. . O uso dos grupos focais on-line síncronos em pesquisa qualitativa. Psicologia em Estudo, n. 16, v. 3, 2011.
BROWN, W. Cidadania sacrificial: Neoliberalismo, capital humano e políticas de austeridade. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2018.
CASSOL, C. V. . Ambivalência, solidariedade e educação. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 25, 2020.
CHAUÍ, M. Neoliberalismo: nova forma do totalitarismo. A terra é redonda. São Paulo. 2021 Disponível em: https://aterraeredonda.com.br/neoliberalismo-a-nova-forma-do-totalitarismo/. Acessado em: 09/2021.
HAROCHE, C. O sujeito diante a aceleração e de ilimitações contemporâneas. Educação e Pesquisa, São Paulo, n. 41, v. 4, p. 851-862, 2015.
JUNG, C. Memórias, sonhos e reflexões. Organização e edição Aniela Jaffé. Rio de Janeiro: nova fronteira, 2016.
SAFATLE, V., et. al. Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. São Paulo: Autêntica Editora, 2021.
SIGAHI, T. F. A. C., Saltorato, P. A emergência da universidade operacional: redes, liquidez e capitalismo acadêmico. Educação & Sociedade, v.39, n. 144, p. 522 - 546, 2018.
SILVA, R. B. et. al. Sobre a relação homem-trabalho no contexto da sociedade líquido-moderna: reflexões a partir de Zygmunt Bauman. Revista Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 45, p. 293-309, 2015.
Publicado
Edição
Seção
A Revista Multitexto se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Multitexto, ficando a sua reimpressão total ou parcial, sujeito à autorização expressa de sua direção. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
