EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: FERRAMENTA DE EMPODERAMENTO DA IDENTIDADE DA MULHER DISCENTE
Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos. Identidade. Mulher discente.Resumo
A identidade das mulheres que frequentam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil apresenta-se multifacetada, moldada por uma variedade de fatores sociais, educacionais e psicológicos vivenciados ao longo dos tempos. As referidas mulheres representam ampla diversidade em termos de idade, origem étnica, motivações e experiências de vida. A identidade de uma discente na EJA é influenciada por sua história de vida, desafios enfrentados e sucessos ou fracassos experenciados. A faixa etária das mulheres desta modalidade abrange desde jovens a adultas que abandonaram a escola cedo, bem como mulheres maduras que decidiram retomar os estudos. Muitas delas têm responsabilidades familiares, o que exige um equilíbrio entre suas obrigações familiares e o compromisso com a educação. Para muitas mulheres, a EJA representa uma oportunidade de empoderamento, ajudando-as a desenvolver habilidades, confiança, independência e autonomia, seja nos espaços sociais como nos pessoais. As motivações para ingressar na Educação de Jovens e Adultos são diversas, abrangendo busca por melhores oportunidades de emprego até o desejo de autoaperfeiçoamento e a realização de metas pessoais, que são fundamentais na (re)construção de suas identidades na escola, orientando seus objetivos educacionais e pessoais. Frente a isso, o artigo objetivou discutir as contribuições da Educação de Jovens e Adultos na (re)construção da identidade da mulher discente. O estudo de caráter qualitativo se fundamentou, do ponto de vista teórico, nas reflexões de Fagundes (2018); Freire (1992; 2001); Galvão e Di Pierro (2013); Hall (2006); Pimenta (2000); Tacca e Rey (2008); Vigano (2016) e de outros autores. Espera-se que este estudo possa fomentar reflexões neste campo de pesquisa.
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